A agricultura sofre diretamente com as intempéries climáticas, ou seja, qualquer condição extrema do clima afeta negativamente a produção nas lavouras, acarretando em prejuízos financeiros, seja para quem planta para vender ou para uso próprio. Por fim, a sociedade, como um todo, sente os prejuízos na mesa, na saúde e no bolso. 

O mês de maio está chegando ao fim e será lembrado com muito pesar, por todos no Brasil e no mundo, mas é incomparável ao sofrimento das milhares de pessoas que perderam tudo com as enchentes no Estado do Rio Grande do Sul.

É essencial que todos nós aprendamos a entender de que forma as mudanças climáticas estão inseridas no nosso dia a dia e que sempre irão impactar nossas vidas e, a partir deste aprendizado, possamos incluir em nossa rotina práticas que possam nos trazer um pouco mais de segurança para que, sob climas adversos, tenhamos capacidade de reagir positivamente para solucionar os problemas advindos dessas situações emergenciais.

Quando falamos em agricultura é importante saber como lidar com as secas e as chuvas em excesso, com o intuito de reduzir os danos causados.

Quem planta e tem ruminantes para alimentar precisa sempre estar atento quando o clima castiga com chuvas em excesso, como está acontecendo atualmente. Com o quê precisamos estar atentos? 

• com a proliferação de pragas, fungos, bactérias e mofos, tanto nas lavouras quanto no armazenamento da silagem.
• com a saúde dos animais e com a higiene dos currais.
• com muita chuva, devemos adiar a semeadura para evitar perdas futuras.
• a umidade excessiva nos grãos pode aumentar a disseminação de bactérias que levam ao apodrecimento, fazendo com que  a silagem fique imprópria para alimentar os animais. Os animais que se alimentam de silagem estragada podem adoecer e até vir a óbito.
• o excesso de umidade nas forragens e grãos também pode alterar o processo de fermentação que, ao invés de ser láctica, vai gerar fungos e bactérias, produzindo chorume e ocasionando a perda total da silagem.

• com chuvas, a atenção deve ser redobrada para a escolha do momento certo para colher, pois, com uma lavoura muito molhada, as máquinas não conseguem entrar e as forragens passam do ponto de colheita.
• se as forragens e os grãos triturados estiverem molhados, além de comprometer uma boa compactação, a fermentação da silagem será prejudicada e ocasionará perdas de nutrientes.
• o material ensilado não deve conter mais de 65% de umidade, pois fica impróprio para o consumo animal.

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